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terça-feira, 24 de abril de 2012

TOP 10 - Filmes para debates Filosóficos

 Neste Top 10 de abril discutiremos filmes que em seus roteiros abordam questões filosóficas como segundo plano ou até mesmo como cerne principal do enredo.
Porém, é preciso discutir antes um pouco da filosofia, é claro que todos já devem saber de alguma coisa do assunto.




Filosofia em questão

A palavra filosofia é de origem grega: philo e sophia. Philo deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela vem à palavra sophos, sábio. Então Filosofia significa, literalmente amor à sabedoria que é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, a mente e a linguagem.


Geralmente somos obrigados a engolir de forma errônea a Filosofia simplesmente como uma matéria escolar que basicamente se restringe a um levantamento histórico da Filosofia e seus pensadores, ignorando assim, a própria essência filosófica que é pensar, refletir, questionar e  buscar incessantemente a “verdade”.
A questão aqui não é discutir Filosofia, mas observar a minha lista das 10 obras cinematográfica que de alguma forma, além de nos entreter, dialogam com a filosofia e nos fazem parar para pensar.

10. Muito além do jardim (1979)

Este filme, particularmente, é o mais denso deste Top 10. Consegue levanta inúmeras questões que dizem respeito à Mídia e sua influência na sociedade atual. Como: Qual o alcance da comunicação de massa e até que ponto é capaz de interferir na vida do indivíduo? Somo subprodutos de uma sociedade moldada a partir da mídia. Até que ponto somos alienáveis e alienados?
Quando Change, protagonista do filme, não consegue representar a realidade em sua mente, pois seu mundo se restringiu por aquilo que era passado na televisão.
Muito além do jardim quer questiona a perda da subjetividade, uma vez que passamos a nos deixarmos sermos moldados pela mídia.
Mas também podemos extrair deste filme a questão da ingenuidade como algo bom, e neste caso o estado de expírito de Change é extremamente puro devido a sua ingenuidade, e isso o torna uma pessoa sem malícias e ironicamente sábia mesmo dentro da sua limitação intectual.
  

Sinopse: Chance (Peter Sellers), um homem ingênuo, passa toda a sua vida cuidando de um jardim e vendo televisão, seu único contato com o mundo. Ele nunca entrou em um carro, não sabe ler ou escrever, não tem carteira de identidade, resumindo: não existe oficialmente. Quando seu patrão morre, é obrigado a deixar a casa em que sempre viveu e, acidentalmente, é atropelado pelo automóvel de Benjamin Rand (Melvyn Douglas), um grande magnata que se torna seu amigo e chega a apresentá-lo ao Presidente (Jack Warden). Curiosamente, tudo dito por Chance ou até mesmo o seu silêncio é considerado genial. Paralelamente a saúde de Benjamin está crítica e Eve Rand (Shirley MacLaine), sua esposa, se apaixona por Chance.

09. A vida de David Gale (2003)


O filme em questão tem a intenção de fazer o espectador refletir sobre a pena de morte. No entanto, com desenrolar do desfecho o objetivo do filme se perde, porque, com toda a trama de mistério o espectador se prende a estória tentando descobrir sobre o assassinato do que na questão sobre a eficácia ou não da condenação à pena de morte. E isso acaba não deixando que o público reflita sobre o tema. Mesmo assim "A vida de David Gale" ainda é referência para se discutir tal assunto.


Sinopse: David Gale (Kevin Spacey), professor de filosofia da Universidade do Texas e ativista de um movimento contra a pena de morte, é acusado de assassinar sua amiga de luta, Constance Harraway (Laura Linney). Por ironia, Gale é condenado à pena de morte. Três dias antes da execução resolve contar sua história à jornalista Elizabeth Bloom (Kate Winslet).
08. Sociedade dos poetas mortos (1989)

Filme belíssimo, que conta a história da turma de alunos de uma escola tradicionalista que acaba de receberer um professor de literatura, ex-aluno, que tem ideias revolucionárias. John, professor interpretado por Robin Williams, é versátil e visionário e tenta instigar os estudantes mostrando que a vida é muito além de status social e dinheiro. Estes alunos, influenciados por Jonh, começam a questionar e críticar a ideologia defendida pelas diferentes esferas da sociedade, ao qual são dominados. Ótimo filme e altamente recomendável. Todo educador precisa assisti-lo!



Sinopse: Em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória, um ex-aluno (Robin Williams) se torna o novo professor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa direção do colégio, principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a "Sociedade dos Poetas Mortos".

07. O show de Truman (1998)

O Show de Truman é outra obra cinematográfica que questiona a mídia e sua influência na sociedade.O filme, de Peter Weir, problematiza  os aspectos  decisivos da  vida moderna, como no caso da mecanização das relações através dos meios de comunicação, a manipulação das vontades  e principalmente a invasão da privacidade pela Mídia. Isto é, O Show de Truman é uma metáfora da vida atual, pois estamos caminhando para a perda de privacidade total, possibilitada pela tecnologia vigente e cada vez mais aperfeiçoada. De uma forma geral, além da crítica à comunicação de massa, ao reality show, especificamente, podemos discutir a partir do roteiro o conceito de liberdade muito bem trabalhado no filme.


 
Sinopse: Pacato vendedor de seguros (Jim Carrey) tem sua vida virada de cabeça para baixo quando descobre que o astro, desde que nasceu, de um show de televisão dedicado a acompanhar todos os passos de sua existência.


06. Matrix (1999)

Matrix é um filme denso e muito pretensioso. Faz-nos refletir sobre diversas questões, nos remetendo a uma série de complexidades: como por exemplo, ao mito da caverna de Platão, a uma crítica da sociedade mundial moderna e todo o seu consumismo desenfreado.
O filme é bom em todos os sentido. Não é uma obra simples de hollywood feita pra vender apenas. Mas muito mais que isso. Assista!


Sinoopse: Em um futuro próximo, Thomas Anderson (Keanu Reeves), um jovem programador de computador que mora em um cubículo escuro, é atormentado por estranhos pesadelos nos quais encontra-se conectado por cabos e contra sua vontade, em um imenso sistema de computadores do futuro. Em todas essas ocasiões, acorda gritando no exato momento em que os eletrodos estão para penetrar em seu cérebro. À medida que o sonho se repete, Anderson começa a ter dúvidas sobre a realidade. Por meio do encontro com os misteriosos Morpheus (Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss), Thomas descobre que é, assim como outras pessoas, vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das pessoas, criando a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos para produzir energia. Morpheus, entretanto, está convencido de que Thomas é Neo, o aguardado messias capaz de enfrentar o Matrix e conduzir as pessoas de volta à realidade e à liberdade.

 05. Gattaca: uma experiência genética (1997)
 
Gattaca é o filme de Andrew Niccol que, através do personagem Vincent, faz uma narrativa sobre um futuro possível onde o destino de todo o ser humano depende de seu código genético.
Ótima obra que se discuti a questão da força de vontade e da determinação que podem vencer qualquer limitação física e biológica. 


Sinopse: Num futuro no qual os seres humanos são criados geneticamente em laboratórios, as pessoas concebidas biologicamente são consideradas "inválidas". Vincent Freeman (Ethan Hawke), um "inválido", consegue um lugar de destaque em corporação, escondendo sua verdadeira origem. Mas um misterioso caso de assassinato pode expor seu passado.

04. Laranja Mecanica (1971)

Sinopse: No futuro, Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele usado em experimento destinado a refrear os impulsos destrutivos, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.


Filme tenso, mas que põe em xeque a teoria behaviorista. Miuto bom, o filme consegue ser interessante predendo a atenção espectador do começo até o fim. Laranja mecânica tem como pano de fundo a teoria Behaviorista que por algum tempo foi base para diferentes técnicas de enino e de tratamento psiquiátricos.



03. O nome da Rosa (1986)

Sinopse: Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.



O nome da rosa foi baseado no livro, de mesmo nome, de Umberto Eco. O filme nos conta, através de um recorte, como era o Clero na idade Média e a sua influência na sociedade. Mostra também como a ciência foi tolhida pela igreja que pregava o misticismo e o poder alienador que a religião possuía com a inquisição que neste período era o simbolo de repressão.  


02. Em nome de Deus (1988)

Sinopse: No século XII, Abelard (Derek De Lint), um respeitado filósofo e professor em Paris, é contratado para ser o tutor da bela e inteligente Heloise (Kim Thomson). Rapidamente eles se apaixonam, mas precisam manter seu relacionamento escondido de todos porque Abelard está comprometido com o celibato.




Outro filme que resgata o período da Idade Média "Em nome de Deus", ótima obra sobre História, tem como pano de fundo um romance que é brutalmente proibido por questões de normas de ordem religiosa. A obra consegue ser fascinante com este romance que nos remetem a filosofia da época que era enraizada com a religião, isto é, existia a pratica de  filosofar no período medieval mas esta filosofia deveria responder harmoniosamente aquilo que também dizia a bíblia.


01. Invasores (2007)

Sinopse: A colisão de um ônibus espacial faz com que algo alienígena penetre em seus destroços, sendo que todos que entram em contato mudam de maneira inexplicável. A psiquiatra Carol Bennell (Nicole Kidman) e seu colega Ben Driscoll (Daniel Craig) descobrem que a epidemia alienigena ataca suas vítimas quando elas estão dormindo. A epidemia não altera fisicamente suas vítimas, mas faz com que as pessoas fiquem insensíveis e sem qualquer traço de humanidade. À medida que a epidemia se espalha fica cada vez mais difícil saber quem está infectado. Para sobreviver Carol precisa ficar acordada o maior tempo possível, para que possa encontrar seu filho.





Invasores é um filme que já apareceu neste blog em outro Top 10: Filmes sobre Alienígenas.


(http://anjyca.blogspot.com.br/2011/03/top-10-de-filmes-sobre-invasao.html),


Mas, aqui entra com outra discussão: a filosófica. Este filme é na verdade, o terceiro a levar pra telona o clássico livro de Jack Finney “The Body Santchers” de 1955.
Entretanto, a obra cinematográfica é pouco pretensioso e simplório comparado com a obra literária, porém, particularmente acredito numa discussão importante a partir deste filme.
Um debate sobre a natureza humana e sua identidade, isso mesmo, quando o filme retrata a perda da subjetividade no momento que os humanos são invadidos por um vírus alienígena que modifica o DNA se integrando a ele. 
A melhor cena de "Invasores" se passa no jantar onde Bennell é desafiada por outro convidado a explicar por que acreditar num mundo sem violência, se a raça humana é por natureza mesquinha e cruel? Ele afirma que a única coisa que nos diferencia dos outros seres  vivos é a estrutura social, no momento que essa estrutura se desfaz os homens são regidos pelos instintos primários de sobrevivência
psiquiatra consegue convence-lo, ao menos deixa-lo sem palavras, quando cita alguns teóricos importantes e o contraria defendendo que a humanidade caminha para um futuro mais civilizado onde as pessoas de amanhã serão mais racionais e humanas que as de ontem e blá, blá, blá...
Porém, no final do filme,  quando tudo está voltando a normalidade ela própria, a personagem de Nicole Kidman, duvida daquilo que tão cegamente acreditava das teorias sobre uma humanidade mais "civilizada".





Fonte das Sinopses: www.arodocinema.com.br


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