CAMPANHA: PENSE LIMPO PENSE ARIEL
Apesar da campanha ser de 2010, só este ano tive oportunidade de ver. Depois de assistir ao vídeo publicitário da campanha percebi o motivo de tanta indignação por parte do público. Foi grande e intenso a mobilização contra o comercial.
A seguir deixo minha redação sobre o assunto e o vídeo para que vocês tirem suas próprias conclusões.
A campanha publicitária, “Pense limpo, pense Ariel” do sabão líquido de uma das marcas mais respeitadas no ramo de limpeza doméstica do Brasil, causou grande reboliço nas grandes redes sociais. O vídeo da propaganda, da marca da empresa P&G, de 30 segundo veiculados na Internet deixou uma gama de pessoas indignadas que alegaram que a propaganda feri o respeito a diversidade no momento que se utiliza de estereótipos preconceituosos.
A empresa Ariel foi criticada pelo conteúdo do vídeo publicitário que simula um teste em que colocam duas pessoas para tomar banho com sabão líquido e outra com sabão em pó. Até ai nada demais, porém o primeiro homem toma banho com o produto da Ariel ele é jovem, corpo com musculatura bem definida e segundo os padrões de beleza atuais, é considerável um rapaz bonito. Já o segundo homem, que representa os produtos de sabão em pó, é gordo, mais velho que outro rapaz, atrapalhado e desastrado.
O grande debate foi, por que o gordo deve ser o retrógrado, ineficiente e sujo? Por que bater na tecla do preconceito? Estereótipos são usados freqüentemente nas propagandas, no entanto, é preciso cautela ao utilizá-las, pois, podem transmitir mensagens negativas que ajudem a perpetuar alguns preconceitos. Ao associar o segundo homem aos produtos, considerados ineficientes pela propaganda, ao mesmo tempo conciliar alguém fora dos padrões de beleza como algo ultrapassado e que não se deve mais usá-los.
O vídeo publicitário da Ariel prioriza um discurso embasado na ideologia da beleza que defende que o belo está relacionado aos padrões de magreza impostos pela indústria da moda, a fim de atender a necessidade de vender cada vez mais. Seguindo esta ideologia a propaganda da marca P&G associa justamente o homem “belo” ao seu produto que é prático e eficiente e o homem “feio” ao produto das marcas concorrentes que são ultrapassados e ineficientes.
A campanha não conseguiu alcançar seus objetivos, primeiro porque os vídeos não conseguem transmitir a real mensagem do produto, que no caso seria provar que o sabão em liquido é bem mais fácil de usar. A segunda questão seria o preconceito implícito no conteúdo publicitário, sendo assim a propaganda vai contrária aos ideias do respeito a diversidade. Enquanto as pessoas lutam por igualdade social, contra a gordofobia, a Ariel mostra-se arcaica com mais um apelo desnecessário à beleza ideal, que não existe na realidade.
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