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domingo, 6 de março de 2011

O mito: Chico Mendes

Em um trabalho para faculdade tive que pesquisar sobre um Mito da história brasileira, fiquei confusa quem eu posso apresentar da história brasileira que marcou e hoje é considerado um mito?
Bem, não foi difícil encontrar, na verdade, o mais complicado foi escolher um dentre tantos existentes. Mas diante de inúmeras opções uma delas se destacou: Chico Mendes, figura real que atualmente é super valorizada pela sua história de vida e da luta de seus ideais que são recontadas no mundo inteiro de forma maravilhosa, foi uma pessoa que, antes de palavras se tornarem famosas, como: sustentabilidade, educação ambiental, preservação do meio ambiente..., ele já as usava na ação e na prática,  reivindicava  tal consciência de preservação daquilo que é essencial a nossa existência: A Natureza!

“Não quero flores no meu enterro, pois sei que vão arrancá-las da floresta.” (Chico Mendes)


Francisco Alves Mendes Filho é o seu nome verdadeiro, conhecido por sua luta pela preservação da Amazônia, era uma pessoa humilde, porém nunca covarde, foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro.  Nasceu no Acre, é natural da cidade de Xarupi onde nasceu e morreu, em 15 de dezembro de 1944 e em 22 de Dezembro de 1988.
Chico Mendes, ainda criança, começou seu aprendizado do ofício de Seringueiro, acompanhando o pai em excursões pela mata. Só aprendeu a ler aos 19 e 20 anos, já que não existia escola nas propriedades onde trabalhavam. Sua vida como ativista inicia por volta da década de 70, onde em 1975 se torna secretário geral do recém fundado Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. A partir disso nunca mais parou de lutar, em 1976 participou das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento, as manifestações eram pacificas, os seringueiros protegiam as árvores com os próprios corpos. Organizavam também várias ações em defesa da posse de terras pelos habitantes nativos.  Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xarupi, no mesmo ano se tornou vereador pelo partido MDB, e em 1978 começaram a aparecer as ameaças de morte. Depois em 1980 participou da fundação do Partidos dos Trabalhadores (PT), tornando-se dirigente do partido no estado do Acre. Neste mesmo ano, foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional a pedido de fazendeiros da região, que o acusavam de envolvimento no assassinato de um capataz de uma fazenda. Foi absolvido por falta de provas. No ano seguinte tornou-se presidente do Sindicato de Xapuri. Em 1982 candidatou-se a deputado estadual pelo PT, porém não conseguiu eleger-se. Já em 1985 organizou o 1º Encontro Nacional de Seringueiros. Participou da fundação do CNS (Conselho Nacional dos Seringueiros). Participou da proposta da “União dos Povos da Floresta”, que previa a união dos interesses dos seringueiros e indígenas na defesa da floresta amazônica. Em 1987, um ano antes de sua morte recebeu em Xapuri uma comissão da ONU (Organização das Nações Unidas), mostrando a devastação causada na floresta amazônica por empresas financiadas pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Após levar as denúncias ao senado dos Estados Unidos, o BID suspendeu os financiamentos a estas empresas, ainda no mesmo ano recebeu vários prêmios na área de ecologia e meio ambiente em função de sua luta em defesa da floresta amazônica e de seus povos nativos. O mais importante destes prêmios foi o “Global 500”, entregue pela ONU. Já em 1988 participou da criação das primeiras reservas extrativistas no Acre. Foi eleito suplente da direção nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores) durante o 3º Congresso Nacional da CUT. E na triste data de 22 de dezembro de 1988 – Chico Mendes foi assassinado na porta de sua casa. Deixou esposa (Ilzamar Mendes) e dois filhos pequenos.
 Chico Mendes deixou um legado de luta e ensinamentos que jamais serão apagados da memória não só do país, mas do mundo.
No documentário: Chico Mendes – Um povo da floresta do jornalista Edílson Martins, lançado em 1989, Chico Mendes deu um de seus últimos depoimentos, contando ao mundo a luta dos seringueiros contra o avanço dos fazendeiros pecuaristas na Amazônia, explicando a tática de enfrentamento, os empates, em que homens, mulheres e crianças se jogavam na frente dos tratores e das moto-serras para evitar o desmatamento. Em 1989, o cantor jessé gravou uma música ao seringueiro pelo título de "Chico Mendes". No mesmo ano, o cantor Paul McCartney, ex-Beatle, lança seu CD solo denominado Flowers In The dirt, que contém a música How Many People, dedicada em memória de Chico Mendes, ,e a cantora Simone interpreta Louvor a Chico Mendes. No disco Vício a homenagem a Chico Mendes é uma gravação ao vivo de Simone com Caprichosos de Pilates. Em "Amazônia em chamas", lançado em 1994 pela Warner Bros associada à produtora HBO Pictures, Chico Mendes é representado pelo ator Raúl Juliá. Em Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, minissérie escrita por Glória Perez e produzida pela Rede Globo em 2007.
Em 1990  o cantor de MPB  Zé Geraldo lançou o disco "Viagens & Versos", cuja a canção "O Seringueiro" conta a história de Chico Mendes. Em 1995, o grupo de pop rock mexicano Maná lançou o disco "Cuando los ángeles lloran", cuja canção-título é uma homenagem a Chico Mendes. Em 1996, A Banda de Thrash Metal Brasileira Sepultura, lançou o disco ROOTS que tem a faixa Ambush, onde é contada a história do líder seringueiro Chico Mendes. E sem falar dos inúmeros livros que são exclusivamente dedicados a luta e história do nosso herói Chico Mendes.

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