Resumo do texto: Educação em Direitos Humanos -Frei Betto
O texto
discute sobre o fato de vivemos em um paradoxo, referente aos Direitos humanos
que é um assunto popular, porém, vivenciamos a violação desses tais direitos. O
pior é que são violados pelos que deveriam assegurá-los, como por exemplo: O
Estado. Segundo o próprio autor, isso ocorre devido a ausência de um programa
sistemático de educação em direitos humanos na maioria dos países que aderiram
a Declaração Universal. Frei Betto acredita e defende numa educação velada a
partir dos fundamentos direitos humanos. Pouco vale as constituições
proclamarem que todos têm direitos iguais, mas na prática esses direitos não
são garantidos. Num mundo assolado pela miséria de quase metade de sua
população, o Estado não pode arvorar-se em mero arbítrio da sociedade, mas deve
intervir de modo a assegurar a todos os direitos sociais, econômicos e
culturais. Sendo assim, o autor estabelece sete metas para um programa
educativo que vise a conscientização dos fundamentos dos direitos humanos.
A primeira meta estabelece um programa
educativo em direitos humanos que deve englobar os direitos da liberdade, os
direitos da igualdade e o direito da solidariedade. Na segunda meta, a educação
em direitos humanos deve humanizar, o que significa suscitar nos educandos
capacidade de reflexão e de crítica. Na meta seguinte, a terceira, é baseada no
que defende o educador Paulo Freire, onde a educação em direitos humanos deve
ser dialógica, o educador deve ter posturas que levem à colaboração, união,
organização, síntese cultural e reconstrução do conhecimento. Segundo Antônio
Carlos Ribeiro Fester, outro educador citado pelo autor, no qual acredita que o
programa deve adotar a pedagogia da indignação e jamais do conformismo. A quarta
meta enfatiza que os princípios dos direitos humanos devem estar presentes em
todas as disciplinas curriculares. Não apenas como uma disciplina isolada mas
estar presentes em toda a vivência curricular.
A quinta meta
fala que a metodologia deve abranger a noção dos direitos humanos, o
conhecimento de seus documentos fundamentais e o resgate da história recente do
respeito e do desrespeito aos direitos humanos no mundo. A penúltima meta
afirma que A educação em direitos humanos é uma educação para a justiça e a
paz. Assim, no centro do processo pedagógico devem estar, como eixo, aqueles
que mais têm os direitos essenciais negados: os pobres e as vítimas da
injustiça estrutural. Por isso, a necessidade de uma pedagogia voltada não
apenas conscientizar, mas formar agentes transformadores, cidadãos empenhados
na erradicação das injustiças e na construção de um mundo verdadeiramente
humano. A sétima e última meta acredita que a metodologia adequada à educação
em direitos humanos é a da educação popular inspirada no método Paulo Freire.
Onde o educador não educa; ajuda a educar e, ao fazê-lo, se predispõe à
reeducação. E todo o processo educativo tem como ponto de partida e de chegada
ação dos sujeitos educados (educandos e educadores) na transformação da realidade
em que se inserem.
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