Semana passada, dia 26 de outubro, em plena sexta-feira à noite enquanto voltava de ônibus da faculdade, como sempre cansadíssima, em mais uma noite fria no centro da cidade de Recife presenciei uma cena mais que comum, porém naquele momento me levou a refletir. Eu vi um menino de rua dormindo na calçada próximo de um Banco, não me refiro a um banco de praça e sim ao Banco que são aquelas instituições que negociam dinheiro e fornecem outros serviços financeiros. Parece algo “normal”, comum, mas esse fato retirou da minha rotina simplória a tranquilidade. Foram inúmeros os questionamentos que surgiram em minha mente.
Por que vivemos em um país tão rico que ao mesmo tempo apresenta uma miséria pior que em muitos paises de terceiro mundo? É sabido que a desigualdade social afeta vários lugares, mas ainda sim, não compreendo a do nosso país. O que se nota é que a desigualdade promove a exclusão social, isso é um fato. Alguns dos pesquisadores que estudam esse fenômeno atribuem, em parte, a persistente desigualdade brasileira a fatores que remontam desde do Brasil colônia. No entanto a inquietação permanece, vivemos em uma nação onde poucos têm muito e muitos não tem nada, e nós não podemos fazer coisa alguma, é isso? Diante de tantas perguntas é preciso lembrar o que nos leva a sermos tão indiferente e insensível a esse quadro social em que estamos habituados a ignorar e aprendemos a “olhar apenas para o nosso próprio umbigo”.
Agora surgi uma nova pergunta, qual a solução para o mal da desigualdade social? Sinceramente não sei responder, porém acredito que a única forma de tentar mudar essa realidade é questionarmos esse fato e com isso lutarmos por mudanças. Não me refiro apenas a uma mudança política, mas uma revolução no nosso próprio modo de vida. Precisamos refletir sobre os valores e significados que damos aos bens materiais e também ao modo como vemos o outro. Além de exigir de nossos governantes condições melhores de serviços públicos oferecidos por que nós mesmo não começamos também a intervir diretamente no meio social? Isso mesmo, devemos praticar a solidariedade ajudando uns aos outros. A desigualdade social não é de responsabilidade apenas dos governantes e sim de todos nós, então somos os culpados se essa situação perpetuar. Observo essa proposta como a única solução que eu acredito estar ao nosso alcance.
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