Tive que produzir, no curso de Comunicação social, uma resenha sobre algum filme atual, então Bruna Surfistinha foi uma ótima pedida, no entanto, acabei achando o filme legal e por isso, vou disponibilizar pra vocês essa tal resenha:
O Filme Bruna Surfistinha foi dirigido por Marcus Baldini que é Formado em Rádio e TV pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Acumula grande experiência em direção e montagem de filmes publicitários. Antes de chegar ao Grupo Dinamo, trabalhou na MTV, na S Filmes e na TV Zero, onde atuou em campanhas para empresas como Vésper, Kaiser, Folha de S. Paulo, Natura e Grendene, que lhe renderam alguns prêmios nacionais e internacionais. O filme Bruna Surfistinha é sua primeira experiência com longa metragem baseado no livro: O doce veneno do Escorpião: o diário de uma garota de programa, escrito por Bruna Surfistinha.
Bruna Surfistinha é um longa de gênero Drama, tem a duração de 1 hora e 49 minutos e foi lançado no ano de 2011, son., color, produzido pelo estúdio: TV Zero | Damasco Filmes e RioFilme (coprodutores), sua distribuidora é a Imagem Filmes. Tem a direção de Marcus Baldini e como roteiristas Antonia Pelegrinno, Homero Olivetto e José Carvalho, baseado em livro de Raquel Pacheco. Tem como responsáveis pela produção: Rodrigo Letier, Roberto Berliner e Marcus Baldini e fotografia: Marcelo Corpanni e direção de arte: Luiz Roque, e por fim como editor Manga Campion.
O Filme conta a história de Raquel, interpretada pela atriz Déborah Secco, que é uma jovem da classe média paulistana, que estuda em um colégio tradicional da cidade. A princípio o filme trás as confissões da adolescente em relação aos sentimentos que possuía pelos pais e seu irmão, mostrando o que lhe incomodava em conviver com sua família, mostrando a indiferença de seu pai, a super proteção da sua mãe e a esnobação do seu irmão. Raquel que apresenta ser uma garota introspectiva, não possuía amigos na escola além de receber várias provocações de seus colegas de turma. Tudo isso, a motivou a fugir de casa e se envolver no mundo da prostituição.
No segundo desfecho do longa metragem, já é mostrado a iniciação de Raquel como prostituta e sua inexperiência com o mundo do sexo, neste período Raquel adota o pseudo-nome de Bruna, porém o decorrer da trama a garota começa a se desenvolver muito bem e fazer sucesso entre os clientes. Ao mesmo tempo o filme apresenta como é a rotina das garotas de programas trazendo os dramas e o cotidiano enfrentado por essas mulheres. E também apresenta como foi a inclusão de Raquel no mundo das drogas.
No terceiro momento, é trazido o ápice da trama, onde Raquel se destaca ainda mais nesse mundo do sexo. Ela consegue aumentar o “padrão” do atendimento dos seus clientes e começa a divulgar o seu trabalho como prostituta através de um Blog, onde descrevia o perfil de seus clientes e detalhava suas experiências com eles, e começa atendê-los em um apartamento alugado por ela na área nobre da cidade, com a ajude de uma amiga que conhecera na antiga casa de prostituição, conseguem tornar Bruna ainda mais famosa, e ela também adotando o codinome de Surfistinha, ficando assim conhecida como Bruna Surfistinha, nesta parte do longa também mostra o relacionamento de Bruna com um dos seus clientes, o Hudson, onde ambos percebem que entre eles há algo a mais do que sexo, nesse momento o mesmo propõem algo mais sério entre eles, mas o pedido é recusado por Bruna.
Na quarta e última parte, o final, mostra-se a decadência da personagem, Bruna se torna cada vez mais dependente das drogas, se torna uma pessoa arrogante fazendo as pessoas que lhe rodeiam se afastarem, inclusive sua amiga e sócia Gabi. De um modo geral esta parte do filme mostra a queda de Bruna Surfistinha com a diminuição de atendimentos de clientes. E é neste momento que Bruna busca auxilio ao lado do Hudson e pela primeira vez lhe diz o seu nome verdadeiro, nessa cena final deixa à entender ao espectador, que Bruna volta a ser a jovem Raquel, deixando a vida de prostituta.
O filme traz à tona, temas bastante polêmicos: Prostituição e drogas. Lógico que o foco maior é a prostituição. Falar de sexo no Brasil é um tabu, nossa sociedade finge ser cheia de pudores. Por isso, a prostituição é vista como sinônimo de pobreza, ou seja, a prostituta é o que é porque não tinha uma opção, então quando Bruna Surfistinha apareceu como prostituta, mesmo sendo uma garota da classe média, bonita, inteligente e de boa educação, muita gente ficou chocada, pois quebrou uma ideia que se tinha da prostituição, com isso surge a dúvida: o que leva uma pessoa a vender o sue próprio corpo? A resposta pra isso é de inúmeras alternativas, mas o filme traz muito bem explicado, com o caso de Raquel Pacheco a Bruna Surfistinha, um caso verídico.
Quanto aos pontos positivos, o filme é agradável, pois não possui apelo ao pornográfico, mesmo tratando da temática da prostituição. A atriz Deborah Secco incorpora muito bem o personagem da Bruna. E o filme é bem sucedido quando mostra quais sentimentos levou a jovem Raquel a abandonar sua família e “abraçar” a prostituição detalhando os passos que a levaram a se tornar a Bruna Surfistinha, dando ênfase a evolução da garota tímida e introspectiva até ser tornar uma garota sem pudores e ousada. E sem falar da trilha sonora que considerei excelente se encaixou muito bem em todo o filme. Em suma, Raquel Pacheco é famosa por ter quebrado tabus e esse filme mostra que apesar disso ela não passa de uma pessoa comum que passou por situações comuns e que como qualquer outra garota precisava de apoio familiar, por causa dessa carência de afeto acabou buscando isso em outro âmbito, na prostituição.
Como críticas negativas, tenho a destacar primeiramente o fato de o filme ter tido um final acelerado. Essa falta de conclusão da trama deixou a história um pouco vaga, outro ponto também que merece destaque como falha é a ausência de discussão sobre a vida sexual de Raquel antes de se tornar a Bruna surfistinha, isso absolutamente não foi mostrado no filme. O longa também não deu destaque ao sucesso do blog e nem tocou no assunto sobre o livro, algo que acredito ser de extrema importância, pois o livro é Best seller brasileiro. Outro aspecto também negativo são as cenas exageradas de sexo, que acredito que acabaram desnecessárias e ocuparam muito tempo do filme.
Enfim, o filme tem suas falhas, mas mesmo assim isso é superado pela excelência da direção, da produção do filme e pelas ótimas atuações dos atores. Essa obra cinematográfica tem a classificação etária de 16 anos, mas é altamente recomendável para adolescentes e principalmente para adultos que são pais. O filme, Bruna Surfistinha, pode ser considerado importante e é uma boa indicação para se discutir sexo, drogas e prostituição. Tornando-o assim uma obra recomendável e de grande utilidade educativa que aborda temas atuais e importantes para refletir sobre a complexidade que é a formação do caráter humano que é um indivíduo mutável e altamente complexo.
Deborah Secco vive a "Bruna Surfistinha" |
O Filme conta a história de Raquel, interpretada pela atriz Déborah Secco, que é uma jovem da classe média paulistana, que estuda em um colégio tradicional da cidade. A princípio o filme trás as confissões da adolescente em relação aos sentimentos que possuía pelos pais e seu irmão, mostrando o que lhe incomodava em conviver com sua família, mostrando a indiferença de seu pai, a super proteção da sua mãe e a esnobação do seu irmão. Raquel que apresenta ser uma garota introspectiva, não possuía amigos na escola além de receber várias provocações de seus colegas de turma. Tudo isso, a motivou a fugir de casa e se envolver no mundo da prostituição.
No segundo desfecho do longa metragem, já é mostrado a iniciação de Raquel como prostituta e sua inexperiência com o mundo do sexo, neste período Raquel adota o pseudo-nome de Bruna, porém o decorrer da trama a garota começa a se desenvolver muito bem e fazer sucesso entre os clientes. Ao mesmo tempo o filme apresenta como é a rotina das garotas de programas trazendo os dramas e o cotidiano enfrentado por essas mulheres. E também apresenta como foi a inclusão de Raquel no mundo das drogas.
No terceiro momento, é trazido o ápice da trama, onde Raquel se destaca ainda mais nesse mundo do sexo. Ela consegue aumentar o “padrão” do atendimento dos seus clientes e começa a divulgar o seu trabalho como prostituta através de um Blog, onde descrevia o perfil de seus clientes e detalhava suas experiências com eles, e começa atendê-los em um apartamento alugado por ela na área nobre da cidade, com a ajude de uma amiga que conhecera na antiga casa de prostituição, conseguem tornar Bruna ainda mais famosa, e ela também adotando o codinome de Surfistinha, ficando assim conhecida como Bruna Surfistinha, nesta parte do longa também mostra o relacionamento de Bruna com um dos seus clientes, o Hudson, onde ambos percebem que entre eles há algo a mais do que sexo, nesse momento o mesmo propõem algo mais sério entre eles, mas o pedido é recusado por Bruna.
Livro que inspirou o filme |
O filme traz à tona, temas bastante polêmicos: Prostituição e drogas. Lógico que o foco maior é a prostituição. Falar de sexo no Brasil é um tabu, nossa sociedade finge ser cheia de pudores. Por isso, a prostituição é vista como sinônimo de pobreza, ou seja, a prostituta é o que é porque não tinha uma opção, então quando Bruna Surfistinha apareceu como prostituta, mesmo sendo uma garota da classe média, bonita, inteligente e de boa educação, muita gente ficou chocada, pois quebrou uma ideia que se tinha da prostituição, com isso surge a dúvida: o que leva uma pessoa a vender o sue próprio corpo? A resposta pra isso é de inúmeras alternativas, mas o filme traz muito bem explicado, com o caso de Raquel Pacheco a Bruna Surfistinha, um caso verídico.
Quanto aos pontos positivos, o filme é agradável, pois não possui apelo ao pornográfico, mesmo tratando da temática da prostituição. A atriz Deborah Secco incorpora muito bem o personagem da Bruna. E o filme é bem sucedido quando mostra quais sentimentos levou a jovem Raquel a abandonar sua família e “abraçar” a prostituição detalhando os passos que a levaram a se tornar a Bruna Surfistinha, dando ênfase a evolução da garota tímida e introspectiva até ser tornar uma garota sem pudores e ousada. E sem falar da trilha sonora que considerei excelente se encaixou muito bem em todo o filme. Em suma, Raquel Pacheco é famosa por ter quebrado tabus e esse filme mostra que apesar disso ela não passa de uma pessoa comum que passou por situações comuns e que como qualquer outra garota precisava de apoio familiar, por causa dessa carência de afeto acabou buscando isso em outro âmbito, na prostituição.
Verdadeira Bruna Surfistinha (Raquel) |
Enfim, o filme tem suas falhas, mas mesmo assim isso é superado pela excelência da direção, da produção do filme e pelas ótimas atuações dos atores. Essa obra cinematográfica tem a classificação etária de 16 anos, mas é altamente recomendável para adolescentes e principalmente para adultos que são pais. O filme, Bruna Surfistinha, pode ser considerado importante e é uma boa indicação para se discutir sexo, drogas e prostituição. Tornando-o assim uma obra recomendável e de grande utilidade educativa que aborda temas atuais e importantes para refletir sobre a complexidade que é a formação do caráter humano que é um indivíduo mutável e altamente complexo.
Muito massa o comentário, me ajudou muito a fazer um relatorio sobre o filme,parabens para que o fez....
ResponderExcluirOlá Angelica, gostei muito da sua resenha completa, só que quanto a vida sexual da personagem bruna surfistinha fica implícita, ao meu ver, na cena do café da manhã com o pai e o irmão e mãe que ela teria sido abusada por ambos e que a mãe tinha conhecimento.
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